A criação de Mary Shelley, *Frankenstein ou o Prometeu Moderno*, é uma obra-prima literária do século XIX que transcendeu as páginas para se tornar um dos maiores ícones da cultura pop global. No entanto, foi através das lentes do cinema que o monstro de Frankenstein realmente ganhou vida, transformando-se de uma figura literária em uma lenda visualmente reconhecível por todos.
O grande salto para a imortalidade cultural veio com os filmes da Universal Pictures na década de 1930. *Frankenstein* (1931), dirigido por James Whale e estrelado por Boris Karloff como a criatura, não apenas definiu a imagem icônica do monstro (testa achatada, parafusos no pescoço) que conhecemos hoje, mas também estabeleceu os tropos do horror gótico no cinema. Sua sequência, *A Noiva de Frankenstein* (1935), solidificou ainda mais essa imagem, adicionando a figura igualmente memorável da noiva.
Mais tarde, os estúdios Hammer Films, na Inglaterra, revigoraram o mito nas décadas de 50 e 60, com Christopher Lee no papel da criatura, adicionando uma nova camada de intensidade e cor ao universo de Frankenstein. Essas adaptações, ao longo das décadas, não apenas reimaginaram a história, mas também a incrustaram profundamente no imaginário coletivo.
Aqui na Macna, admiramos como essas produções cinematográficas atemporais conseguiram destilar a essência da obra de Shelley, expandindo sua ressonância e transformando um conto de terror e ciência em um ícone multifacetado, que continua a inspirar filmes, séries, quadrinhos e até mesmo Halloween, prova da sua resiliência e impacto cultural duradouro. A criatura de Frankenstein é, sem dúvida, um testemunho do poder do cinema em eternizar narrativas.
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